Elementos para uma arqueologia de misturas de cera-resina usadas como adesivos em Talha e Escultura policromada

Autores

  • Agnès Le Gac
  • José Carlos Frade
  • Ana Margarida Cardoso
  • Paula Barros
  • Elsa Murta
  • António Candeias

Palavras-chave:

cera, cera-resina, adesivo, escultura, policromia, douramento, FTIR, Py-GC/MS

Resumo

Uma mistura de cera de abelha e resina Dammar (nas proporções de 7 partes de cera para 2 de resina), preparada como adesivo, foi profusamente utilizada em Portugal, durante a segunda metade do século XX, para fixar pinturas a tempera e douramentos a água aplicados em esculturas policromadas. Este tipo de tratamento resultou de uma transferência de saber em Conservação oriundo do Norte da Europa, nomeadamente através da formação de jovens estágiarios estrangeiros no Institut Royal du Patrimoine Artistique, em Bruxelas. Tratamentos com cera-resina foram postos em causa nos anos 70 e seguintes. Este artigo apresenta a metodologia adoptada para reencontrar este adesivo em esculturas em que foi aplicado e mostrar até que ponto é possível identificar ambas a cera e a resina nos estratos pictóricos.

As análises feitas por micro-Espectroscopia de infravermelhos a transformée de Fourier e Pyrolise seguida de Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massa põem em evidência a dificuldade em detetar a resina; um resultado que pode limitar bastante a reconstituição do percurso histórico e conservativo de muitas obras.

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Publicado

2012-10-31

Como Citar

Le Gac, A., Frade, J. C., Cardoso, A. M., Barros, P., Murta, E., & Candeias, A. (2012). Elementos para uma arqueologia de misturas de cera-resina usadas como adesivos em Talha e Escultura policromada. Estudos Arqueológicos De Oeiras, 19, 233–240. Obtido de https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/227