O megalitismo no discurso arqueológico português entre o Liberalismo e o Estado Novo: Uma primeira e sumária abordagem
Palabras clave:
megalitismo, História da Arqueologia portuguesaResumen
Durante séculos, atribuiu-se a construção de estruturas funerárias megalíticas a fenómenos sobrenaturais ou a propósitos mais prosaicos, destinados a ocultar tesouros e outros bens, abrigar pastores, ao mesmo tempo que eram parcialmente cristianizados e os menires serviam para dividir propriedades. Entretanto, no século XVIII foram reinterpretadas como hipotéticos centros de observação astronómica e sepulcros, neste caso associadas, de algum modo, a práticas druídicas, avançando-se, em simultâneo, com a sua eventual funcionalidade militar, assim como a potencialidade de terem sido erguidas por fenícios aportados do Mediterrâneo oriental. Para lá das inúmeras ponderações, a verdade é que estas estruturas mereceram, desde o primeiro momento, a curiosidade de muitos e o registo gráfico por parte de alguns mais sensíveis ao assunto e portadores dos dotes necessários a esse efeito. Uma convicção que transitou para a centúria seguinte, num momento em que eram avaliadas como fracção de um ritual mais complexo de práticas sacrificiais.
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