O espólio malacológico do povoado calcolítico fortificado do Outeiro Redondo (Sesimbra). Contributo para o conhecimento das estratégias de recolecção de uma comunidade sedentária do 3.º milénio a.C. do litoral português

Autores/as

  • Manuela Dias Coelho
  • João Luís Cardoso

Palabras clave:

malacologia, calcolítico, povoado fortificado, Outeiro Redondo, Sesimbra

Resumen

O local onde se implanta o povoado calcolítico fortificado do Outeiro Redondo (Sesimbra) corresponde a elevação isolada, constituindo, com o morro do castelo de Sesimbra e o morro do Moinho da Forca, uma linha de relevos de calcários duros do Jurássico Superior (“Calcários de Azóia”) com orientação Nordeste-Sudoeste. Dali, domina-se toda a baía de Sesimbra, constituindo assim um excelente local para o controle visual do litoral adjacente, no único trecho favorável ao desembarque e acostagem, já que, tanto para Este como para Oeste da baía, a costa é rochosa e escarpada. Aliás, o estreito relacionamento estabelecido pelos habitantes do povoado com o litoral, encontra-se sublinhada pela visibilidade da elevação, para quem vem do mar, e encontra-se evidenciado pelos abundantíssimos restos alimentares de origem marinha exumados no decurso das escavações agora objecto de estudo sistemático, o primeiro que, com tal amplitude e profundidade, se realiza sobre um conjunto desta natureza, no nosso País.

Publicado

2011-11-22

Cómo citar

Coelho, M. D., & Cardoso, J. L. (2011). O espólio malacológico do povoado calcolítico fortificado do Outeiro Redondo (Sesimbra). Contributo para o conhecimento das estratégias de recolecção de uma comunidade sedentária do 3.º milénio a.C. do litoral português. Estudos Arqueológicos De Oeiras, 18, 235–286. Recuperado a partir de https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/188