Carlos Ribeiro (1813-1882), as formações quaternárias portuguesas e a antiguidade do homem: um manuscrito desconhecido

Autores/as

  • João Luís Cardoso

Palabras clave:

História da Arqueologia portuguesa, Carlos Ribeiro, Quaternário, concheiros, artefactos líticos

Resumen

Publica-se estudo da autoria de Carlos Ribeiro, com notas autógrafas do próprio apostas a versão manuscrita, executada por amanuense da Comissão Geológica, dedicado aos depósitos quaternários do território português, abarcando observações desde Trás-os-Montes ao Algarve.

Particular interesse merecem as observações sobre os depósitos de praias levantadas do litoral ocidental, e, sobretudo, os do baixo vale do Tejo, com especial destaque para os de idade holocénica, estreitamente relacionados com os concheiros dos vales das ribeiras de Magos e de Muge, detalhadamente descritos pela primeira vez.

Este manuscrito, redigido em 1867, completa outro, já publicado, da mesma época, muito mais desenvolvido no respeitante aos depósitos mais antigos (os dos Grupos Inferior e Médio), embora apresente maior detalhe do que aquele na caracterização dos depósitos do Grupo Superior, os únicos que, na actualidade, correspondem na íntegra ao Quaternário.

Discutem-as ainda as razões que levaram à sua não publicação, na época, constituindo na actualidade um documento científico de grande interesse, para a História da Geologia e da Arqueologia.

Publicado

2015-11-02

Cómo citar

Cardoso, J. L. (2015). Carlos Ribeiro (1813-1882), as formações quaternárias portuguesas e a antiguidade do homem: um manuscrito desconhecido. Estudos Arqueológicos De Oeiras, 22, 43–92. Recuperado a partir de https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/284