Acerca de uma tigela de "terra sigilatta" clara da necrópole de Sol Avesso, Porto Salvo (Oeiras)
Mots-clés :
terra sigilatta, Período Romano, necrópole, Sol Avesso, OeirasRésumé
Em 1964, no decurso da construção de uma moradia situada na rua de São Sebastião, no chamado Bairro de Auto-Construção de Porto-Salvo, em Sol Avesso, foram ocasionalmente postas a descoberto três sepulturas estruturadas, de planta rectangular, parcialmente escavadas nas margas do Cenomaniano (Cretácico Inferior) que afloram no local. Correspondem à estação arqueológica nº 45 da Carta Arqueológica do concelho de Oeiras. As circunstâncias da descoberta e ulteriores vicissitudes, prejudicaram a realização, como se impunha, de trabalhos aturados; as limitadas investigações então efectuadas por um grupo de alunos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, depararam com dificuldades, em detrimento não só da adequada exploração das três sepulturas referidas, mas também das muitas outras que, após aquela intervenção de emergência, foram totalmente destruídas, em consequência do prosseguimento das obras. Na curta notícia dedicada aos trabalhos arqueológicos então efectuados, publica-se apenas uma lucerna atribuída ao século II d.C.. A taça de "terra sigillata" clara objecto deste estudo, foi recolhida, provavelmente, em outra sepultura, das muitas que, entretanto, foram destruídas. Conserva-se no Centro de Estudos Arqueológicos do Concelho de Oeiras (Câmara Municipal de Oeiras); dela, foi anteriormente publicada apenas desenho, sem mais comentários. Porém, a importância arqueológica desta peça intacta justificava estudo mais desenvolvido, o qual agora é concretizado. Com efeito, é excepcional a ocorrência de exemplares inteiros comparáveis: um dos raros casos compulsados é o de tigela proveniente de Bello, Cádiz, conservada no Museu Arqueológico Nacional, em Madrid.Téléchargements
Publiée
1998-04-27
Comment citer
Cardoso, J. L., & André, M. da C. (1998). Acerca de uma tigela de "terra sigilatta" clara da necrópole de Sol Avesso, Porto Salvo (Oeiras). Estudos Arqueológicos De Oeiras, 7, 219–226. Consulté à l’adresse https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/64
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