Análises químicas não destrutivas do espólio metálico do povoado pré-histórico de Leceia, Oeiras e seu significado no quadro da intensificação económica calcolítica da Estremadura
Palavras-chave:
arqueometalurgia, cobre, povoado pré-histórico de Leceia, Oeiras, Calcolítico PlenoResumo
O povoado fortificado pré-histórico de Leceia (Oeiras) é, até ao presente, o único, no território português onde se encontra conservado um registo contínuo (ou quase) de ocupações humanas sucessivas, desde o Neolítico final (2ª metade do IV milénio A.C.) ao final do Calcolítico (cerca 2300/2200 A.C.).
No decurso do Calcolítico Inicial, a que corresponde a edificação da imponente fortificação e aos sucessivos rearranjos nela observados entre cerca de 2800 A.C. e 2600 A.C., o cobre não era conhecido ou, pelo menos, utilizado no local, facto que vem definitivamente provar a inexistência de qualquer relação causal entre a prática da sua metalurgia e a construção dos imponentes dispositivos defensivos calcolíticos tão bem conhecidos na Estremadura do III milénio A.C. Ao contrário, quando o seu uso se vulgarizou, no decurso do Calcolítico Pleno, já a fortificação de Leceia se encontrava em grande parte arrasada e incapaz de oferecer qualquer protecção à comunidade que então ocupava o sítio, a qual, não obstante, detinha um razoável poder aquisitivo: assim se explicam os cerca de 130 objectos de cobre exumados na camada 2 no decurso das quinze campanhas de escavação ali efectuadas desde 1983.
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